O prefeito Gilberto Kassab (PSD) decidiu vetar o projeto de lei que cria o Dia do Orgulho Heterossexual em São Paulo alegando que a criação deste dia é “despropositada”.
Em sua primeira declação sobre o assunto, o prefeito disse que o projeto não incentivaria a homofobia e afirmou que era um projeto como qualquer outro.
As inúmeras represálias em relação à medida, tanto no Brasil como no exterior, fizeram o prefeito pensar e agora seu discurso é outro:
“O heterossexual é maioria, não é vítima de violência, não sofre discriminação, preconceito, ameaças ou constrangimentos. Não precisa de dia para se afirmar”, disse o prefeito na entrevista ao “Agora São Paulo”.
Segundo Kassab faz sentido que mulheres, negros e outras minorias que sofreram repúdio no decorrer da história tenham seus dias no calendário: “Estas datas, sim, têm sentido, pois estimulam a tolerância e a paz.”
O projeto foi aprovado no início do mês em votação simbólica na Câmara. Dos 50 vereadores presentes, 19 se manifestaram contra.
A aprovação foi fruto de um acordo entre Apolinario, vereador que criou a lei, o líder do PT, Italo Cardoso, e o presidente da Câmara, José Police Neto (sem partido).
Apolinario estava obstruindo todas as votações na Casa até que fosse votado seu projeto. Para desobstruir as votações, Cardoso aceitou colocar o projeto na pauta e não pedir votação nominal, o que inviabilizaria a aprovação, desde que pudesse manifestar a contrariedade da bancada petista.
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